domingo, 5 de julho de 2015

Os fundamentalismos que existem à volta da maternidade

Como já aqui referi não gosto de fundamentalismos...  E existem muitos fundamentalismos à volta da maternidade... 

Tema 1 - Epidural


 - Levaste Epidural?! 

- Sim.
- Nunca vais saber o que é ser mãe.

Vivemos em que século?! Sabem o que é democracia?! Ainda tenho liberdade para tomar certas e determinadas decisões, e se posso atenuar as dores do parto que são de ir à lua e voltar, porque não?! qual é o problema?! sou menos mãe por isso?! 



Tema 3 - Cesariana


 - Foi cesariana?! 

- Sim.
- Nunca vais saber o que é ser mãe, nunca passaste pelas dores do parto. 

A grande maioria das cesariana ocorrem por necessidade e o pós parto é doloroso. E se for opção cada um sabe da sua vidinha. 



Tema 2 - Leite Materno/Artificial


Não dou leite materno, não foi opção, foi necessidade... E não critico quem o faz por opção,  as pessoas têm o direito a fazerem aquilo que quisserem, as mamas são delas e os filhos também... Pessoalmente gostava de ter dado mama, mais prático e mais barato... Se pensam que é giro andar a lavar e esterilizar biberões, andar carregada para todo o lado, com água, biberões, leite artificial e afins, gastar 100 euros por mês em leite, acordar à meio da noite e preparar o biberão, garanto-vos que é chato, mas uma pessoa habitua-se.






Sou MÃE, tive parto normal, levei epidural e dou leite artificial :).



Ser mãe é muito mais do que um parto normal ou cesariana... é muito mais que leite materno ou artificial... é muito mais do que isto. 
Ser mãe é amar alguém da forma mais completa que possa existir heart emoticon é dar o melhor de nós e não esperar nada em troca heart emoticon

5 comentários:

  1. Também sou contra os fundamentalismos, eu cá faço o que considero ser melhor para mim e para a minha bebé, ainda amamento (quase há 7meses como sabes) mas se não tivesse conseguido por alguma razão não me caía um bocado por isso... Muito antes de engravidar sempre soube que queria epidural, e sempre tive um medo terrível de não haver anestesista, graças a Deus levei epidural!! Quanto à cesariana tive momentos em que pedi porque estava a ver a situação tão complicada que só queria era ver que se ela estava bem.
    Somos todas mães, todas diferentes cada uma sabe de si, e não compreendo quem defende e ataca com unhas e dentes determinada posição. Pode dar a sua opinião obviamente mas daí até dizer que não é mãe porque não sabe o que são dores de parto... E as mães adoptivas?? Conheço uma mãe de dois filhos adotados que é mais mãe que muitas que os pariram!

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  2. É isso mesmo Catarina, mãe é quem ama e cuida =). Eu tive pena de não dar de mamar, mas já estava a desesperar, e graças a deus há solução para isso :P. Viva o leite artificial :P, senão tinha de arranjar uma mãe de leite :P. (Tinha uma tia de leite, a minha irmã, ainda experimentamos, mas o leite da minha irmã era tão forte que a Clara bolsou tudo e todos). No inicio sentia-me um bocado mal, já estava um bocadinho farta de ouvir falar desse assunto :P... Obrigada por me teres feito sentir melhor, na altura fez-me super bem falar contigo :). Beijinho

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    1. Fico muito satisfeita por saber que ajudei 😊 o importante é mesmo que estejam ambas bem e felizes... Quando decidi tirar a licença alargada muita gente me disse que era uma asneira e que depois me ia custar mais a mim e a ela mas a verdade é que estou muito contente por o ter feito! Tenho acompanhado o crescimento da Noa de perto e isso faz-nos muito felizes! Adoramos os nossos dias, as nossas brincadeiras, dar-lhe de comer, e sei que vou relembrar sempre estes momentos com muito carinho, e mais, de certeza que quanto começar a trabalhar vou desejar ter tido mais tempo com ela!! Não me imagino a ter começado a trabalhar quando ela fez os 5 meses. A caminho dos 7 continuo a achá-la tão pequenina para me separar dela... 🙈 e dou graças por ainda faltarem um meses para esse momento 🙏🏼😝

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    2. Acho que fizeste bem em tirar a licença alargada, a minha irmã vai fazer o mesmo... E eu se pudesse também o fazia =). Sou educadora e sei perfeitamente que eles são bem tratados nas creches (na maioria), mas nada substitui a mãe... E acho que principalmente no primeiro ano é super importante este contato, ninguém o consegue substituir... Acho que as mães deviam ficar com os filhos em casa até 1 ano de idade (no mínimo).

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  3. Cada um tem direito à sua opinião, verdade, e nesta matéria há sempre mil opiniões. Em relação á epidural, quem a leva NÃO SABE o que é ter um filho, nada tem que ver com o não saber o que é ser mãe (ser mãe não implica que se tenha tido um filho, o que dizer das excelentes e dedicadas mães adotivas?). É uma anestesia, nada se sente desse processo físico de parir, que não se relaciona diretamente com o processo afetivo. OK, podemos argumentar que quando levamos uma anestesia no dentista, não se sabe o que é tirar um dente. Pois, de facto, não se sabe. É necessário conhecer essa dor? A de ter um filho ou a de tirar um dente? Cada um faz como lhe aprouver. Uma cesariana é uma intervenção médica destinada a salvar vidas, a da mãe e/ou a do bebé, que deve ser usada para esses fins. Se for utilizada para efeitos estéticos, sou absolutamente contra e nesse aspeto assumo que sou fundamentalista. Trata-se de um egoismo da mulher, que em nada beneficia o bebé (e à mãe), por isso falarei sempre a desfavor de tal veleidade. Por fim, a amamentação. Ao contrário do que julga, não é fácil, nem intuitivo, apesar de ser natural, o mais natural que existe. A amamentação é um processo de aprendizagem, um contrato que se estabelece entre a mãe e o bebé. Quando os bebés nascem, as mamas não se enchem magicamente de leite e depois é só dar, qual vaca leiteira. O leite vai sendo criado e à medida das necessidades do bebé, nunca tem a mesma quantidade, porque os bebés não precisam sempre da mesma quantidade. Se eu fosse ligar ao que me diziam, não tinha amamentado o meu primeiro filho, pois fartaram-se de me dizer para fazer um biberão porque ele chorava muito e não dormia a noite toda, diziam que só podia ser fome. Não era! Ele crescia normalmente e o leite materno era mais do que suficiente. Também não teria amamentado o meu terceiro filho, que berrava a plenos pulmões escassos minutos depois de ter mamado e que era magrinha que as pessoas diziam que não comia o suficiente. Afinal, ela continua magrinha (é mesmo da constituição dela) e cresceu também normalmente, o leite materno era também suficiente. Orgulho-me de ter tido três filhos e de os ter amamentado até aos 13 meses, não sei o que é fazer um biberão. OK, há dificuldades em amamentar, sei que as há, nem todos os casos são idênticos e cada um faz, precisamente, o que acha que está correto. Foi preciso perseverança e lutar contra o preconceito de quem julga que sabe tudo sobre. Sofri os fundamentalismos ao contrário, a maioria a impor as suas ideias, o que é engraçado - mas não levaste epidural, porquê? Gostas de sofrer? Mas não quer a epidural? Porque é que não faz um biberão ao menino? Ah, ela não come o suficiente, é por isso que chora! Cada uma faz o que acha melhor e cada uma tem direito à sua opinião. O importante é amar e educar, o resto é fait-divers...

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